terça-feira, março 10

Noites em branco

Talvez hoje o vento sopra para outro lado, pois não o sinto a beijar a minha cara, apenas um toque suave na nuca. É tão bom adormecer embalado por ti, mesmo que não sejam as tuas belas mãos, o meu berço de ouro, sinto-te no ar, o vento que me penteia os cabelos é comparável aos teus dedos que tantas vezes fizeram o mesmo trajecto, enquanto falavas o quanto invejavas o caminho que percorrias e o quanto eu amava a serenidade do teu caminhar.
Hoje a lua é cheia, mas não tão cheia como quando ela nos iluminava, quando a sua luz brilhava mais que dez sois num foco de luz imensamente mágico, que fazia tudo parecer mais belo. Era fascinante como aquela luz conseguía tornar a tua imensa beleza num poço de perdição eterna, onde deixei cair a chave da minha vida e onde me perdi a olhar para o teu reflexo.
A água está gélida, quase tão fria como o meu coração, que perdeu chama para o aquecer, que não tem lenha para queimar, uma pedra de gelo negro que arde ao toque e me gela o olhar.
O ar pesa no peito, sinto dor que não vejo, vejo a dor que não sinto, não consigo respirar, durante tanto tempo venho a respirar os últimos bocados de ar que restam no meu mundo, inspiro memórias e expiro saudade, cada vez mais a saudade pesa e a memória escasseia. Saber que não te tenho é como não possuir ar, será a falta do mesmo que irá acabar por me matar.

1 comentário:

ana isabel disse...

eish, que sentimentalismo : ]

pois é. e depois metem no hi5 q dizer que estão bué mal. uuuuuhhhhh

coitados.

lol
estupidos.


gosto bastante *****